domingo, 20 de junho de 2010

Coração

Tirei-te do peito
e voaste,
subiste ao céu,
que te chorou,
nos telhados e nas ruas,
nas praças e nas calçadas,
nos guardas-chuva dos vivos,
nas pontes e no douro,
que te levou sem deixar rasto

Não te tenho já não és meu,
quem te quiser, quimera perdida,
que te busque nas águas frias,
frias de suspiros e almas perdidas,
e te traga de volta para mim,
que eu sem ti não sei nadar

2 comentários:

Clara Mafalda disse...

gosto especialmente da parte final. está forte está intenso, sem dúvida. uma melancolia bonita de se ler, dá vontade de sair do sofá e ir realmente atrás do que nos faz nadar, voar, correr, viver!

cristiana* disse...

costuma dizer.se, que as palavras não definem sentimentos, talvez.. mas sei, que palavras, definem a profundidade das magoas que nos fazem seres brilhantes...
não lamentes porque esse lado lunar te trázer recordações travas, ilucida.te apenas e cre, que somente por essa amargura existir no teu paladar, é que as palavras te saem doces que nem mel...