quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Asas em Pó e Olhos de Prata


Doem-me os olhos meu amor,
Amor meu que nunca tive,
Se me sangram lágrimas da íris,
Palavras fortes de punhos bem cerrados.

Escuta o que te digo meu amor,
Amor meu que não me espera,
Se corro para longe com pernas quebradas,
Ossos fracos do teu querer.

Onde estas meu amor?
Amor meu que nunca toquei,
Se me perfuram estas lanças de sentidos,
E me sabem a cinzas estes beijos de mel.

Quem és tu meu amor?
Amor meu que nunca conheci,
Se para eu amar é para sempre,
Foi esse amar que eu nunca senti?

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Caminho


Noites brilhantes, passadiço de suspiros
Estradas e caminhos para longe de mim,
Imersos em licores e fumo de tabaco.

Ventos frios que não me tocam,
Têm medo da minha falta de sentir,
Rodopiam-me troçando por morrer tão devagar.

Que se faça sempre noite,
Já que não vejo luz neste céu,
Que me quebra as pernas cansadas de correr.

Avisei-te ritmo diabólico,
Porra! Tinhas que bater três vezes?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Noite, Luzes e Outras Palavras Terminadas em "ol"


Toma teu quem sabes que te pertence,
Se vivo do teu bafo canceroso,
Daqueles que sabem que o toque não basta.

Odeio o pingar do meu coração,
Queimado pelo toque,
Cheiro podre da falta de me sentir eu.

Parti-me,
Desculpa,
Parti-nos aos dois,
Que já não somos luzes de cores iguais,
Mas roxas e vermelhas,
Com sorrisos de sangue e morte.

Estourei o sentir-me pobre,
Do teu sorriso que me mata,
Sempre que bate o meu coração.

Tenho o frio descoberto,
Por aqueles que me sugam o sentir,
Da minha pele que sangra gritos e sorrisos medíocres.

Acabou-se o sentir que definhou,
Longe do toque de quem me ama,
Sem saber provar os doces cortes,
De alguém dentro do meu sangue.

Queima-me o sentir quero morrer,
Para saber que sempre preso,
Ao vomito que me deste,
Estará a podridão do que sinto.