sábado, 4 de outubro de 2008
Dois Segundos
Mordi o céu para te ver,
Cuspi gotas de chuva,
Enroladas em caramelo,
Para saber como te provar.
Ácido o sabor do teu beijo,
Desceu em mim,
Calçada branca e avermelhada,
“Ops!”, cortei-me sem querer!
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De volta (?) -Pink Floyd - Us and Them
terça-feira, 10 de junho de 2008
Cansado
segunda-feira, 7 de abril de 2008
És-me Suspiros
O ar revolta-se,
Nos contornos nus,
Entrelaçados,
Afogados em vapores de nicotina,
E talvez algo mais.
Na minha cama de cinzas,
És-me suspiros meu amor,
O esgar doce da dor afastada,
Retornado ao fim das horas de loucura.
Antologias de toque navegam,
Em mares de suor,
Gotas retorcidas,
Paixão duvidosa,
Perdem-se na névoa da manha.
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Balla - No Fim da Luta
sexta-feira, 21 de março de 2008
As palavras que nunca te direi
Está uma noite fria cá dentro,
Onde brilha a lua, chora o anjo caído,
Saudades de gato mirando o rio,
Sete beijos de vidas passadas
Escorreram-me por entre os dedos.
Nesta redoma de vidro fumado,
Entre correrias sem sentido,
Gritos sussurrados a quem não ouve,
Escrevo, mordo, rasgo,
As palavras que nunca te direi.
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Dia Mundial da Poesia
quarta-feira, 5 de março de 2008
Meia-noite é Meia-Noite
Meia-noite é meia-noite,
Bate o relógio três vezes,
Corre o gato para longe da ponte,
Parapeito de suspiros que já não consigo dar.
Meia-noite é meia-noite,
Meia vida foi-me arrancada,
Sete beijos desgrenhados,
Queimam-me o peito, frio de te sentir.
É verdade meu amor,
Naquele dia às oito horas,
Cobri o corpo de negro, morri devagar,
Bateu a meia-noite no meu coração.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Asas em Pó e Olhos de Prata
Doem-me os olhos meu amor,
Amor meu que nunca tive,
Se me sangram lágrimas da íris,
Palavras fortes de punhos bem cerrados.
Escuta o que te digo meu amor,
Amor meu que não me espera,
Se corro para longe com pernas quebradas,
Ossos fracos do teu querer.
Onde estas meu amor?
Amor meu que nunca toquei,
Se me perfuram estas lanças de sentidos,
E me sabem a cinzas estes beijos de mel.
Quem és tu meu amor?
Amor meu que nunca conheci,
Se para eu amar é para sempre,
Foi esse amar que eu nunca senti?
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45min e sorri de novo... por momentos
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Caminho
Noites brilhantes, passadiço de suspiros
Estradas e caminhos para longe de mim,
Imersos em licores e fumo de tabaco.
Ventos frios que não me tocam,
Têm medo da minha falta de sentir,
Rodopiam-me troçando por morrer tão devagar.
Que se faça sempre noite,
Já que não vejo luz neste céu,
Que me quebra as pernas cansadas de correr.
Avisei-te ritmo diabólico,
Porra! Tinhas que bater três vezes?
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Noite, Luzes e Outras Palavras Terminadas em "ol"
Toma teu quem sabes que te pertence,
Se vivo do teu bafo canceroso,
Daqueles que sabem que o toque não basta.
Odeio o pingar do meu coração,
Queimado pelo toque,
Cheiro podre da falta de me sentir eu.
Parti-me,
Desculpa,
Parti-nos aos dois,
Que já não somos luzes de cores iguais,
Mas roxas e vermelhas,
Com sorrisos de sangue e morte.
Estourei o sentir-me pobre,
Do teu sorriso que me mata,
Sempre que bate o meu coração.
Tenho o frio descoberto,
Por aqueles que me sugam o sentir,
Da minha pele que sangra gritos e sorrisos medíocres.
Acabou-se o sentir que definhou,
Longe do toque de quem me ama,
Sem saber provar os doces cortes,
De alguém dentro do meu sangue.
Queima-me o sentir quero morrer,
Para saber que sempre preso,
Ao vomito que me deste,
Estará a podridão do que sinto.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Longe
Morro esperando que o tempo te apague,
Sabor amargo da esfera de pele queimada,
Pelo toque longínquo daquela água que nunca bebi.
Morri a ver-te nascer,
Correr nas linhas brancas da incerteza,
Alucinações de um louco num beco qualquer.
Não morras sem me dizer,
Que me viste olhar o céu sem esperar que me olhasse de volta,
Num jeito de inocência que perdi em cheiros de sabor amarelado.
Beija-me,
Quero morrer mais um pouco!
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Ritmo e Razão
Hoje sou incauto e voraz,
Perdido no sonho incerto,
De noites enevoadas
E suspiros gritados,
Ao ouvido de gente morta.
Exalta-te carne moída de sentir!
As tuas asas arrancadas,
Por braços inumanos,
Palavras feitas de feridas e rancor.
Morre sorriso!
Definha longe dos meus olhos,
Sedentos de deixar mares inóspitos,
Ricos de barcos caídos
E corpos em putrefacção.
Quero razão!
Sentir incólume de surpresas,
Lamina afiada de frio,
Que rebenta veias secas de desilusão.
Pensamento propicio de certezas,
Nefasto de suspiros.
Mas impávido e sereno,
De sorrisos e risos queridos
Daquela gente que pensa pulsante,
Ao ritmo do coração.
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