sábado, 22 de setembro de 2007

Cinzas, Estagnação Sentida

Tenho cinzas na boca,
Sabe a morte a pele que beijo,
Sinto frio o toque quente
Das mãos que me esmurram o rosto de carícias.

Beija-me! Arranca - me este frio!
Tráz - me acidez aos cortes antigos!
Corta-me de novo!
Quero deixar de sentir nada…

O frio queima-me,
O quente escalda-me.
Assusta-me o nada, vácuo de inexistências moribundas,
Que me marca os olhos com espinhos de silvados secos de sentir.

Vou guardar os espinhos nas minhas mãos,
Aperto com força, espectro de falta do vermelho rubor,
Que se instala no meu peito,
Mausoléu, igreja sem o toque alegre dos sinos,
Estagnada na inexistência que é ser alguém sem o ser verdadeiramente…

9 comentários:

Anónimo disse...

Cada palavra , cada verso , cada letra , é tão pura .

Gosto do que escreves .

:$

Maior beijo Luis.

Anónimo disse...

Abro um olho,
abro o outro,
pestanejo.
(Penso em ti...)
Faço o que tenho a fazer,
posso conduzir,
posso simplesmente descansar.
(Penso em ti...)
Sinto um vazio,
chamo por ti,
não me respondes.
(Penso em ti...)
Caminho para te ver,
nem sempre me apareces,
desespero.
(Penso em ti...)
Quero estar contigo,
quero sentir-te comigo beijar-te,
levas-me à insanidade.
Penso em ti...
Penso em ti...
Penso em ti...
Não penso noutra coisa senão chegar a casa,
ver-te à minha espera,
bendita fatia de bolo de chocolate
que me leva à loucura... =p



este poema está mesmo giro, triste mas não tanto como o outro e como já te disse, és mesmo forte...******andreia

Anónimo disse...

Oh my love,
Please don't cry
I'll wash my bloody hands and then
We'll start a new life

I ripped out
his throat
and called you on the telephone to
take off my disguise
Just in time to hear you cry

When you, you mourne the death of your bloody valentine
The night he died
You mourne the death of your bloody valentine
One last time

Singin'...

Oh, my love
Please don't cry
I'll wash my bloody hands and then
We'll start a new life
I don't know much at all
I don't know wrong from right
All I know is that I love you tonight

There was
Police and
Flashing lights
The rain came down so hard that night and the
Headlines read
A lover died
No tell-tale heart was left to find

When you
You mourn the death of your bloody valentine
The night he died
You mourn the death of your bloody valentine
One last time

Singin'...

Oh, my love
Please don't cry
I'll wash my bloody hands and then
We'll start a new life
I don't know much at all
I don't know wrong from right
All I know is that I love you tonight

Tonight

He dropped you off, I followed him home
Then I stood outside his bedroom window
Standing over him, he begged me not to do
What I knew I had to do 'cause I'm so in love with you

Oh, my love
Please don't cry
I'll wash my bloody hands and then
We'll start a new life
I don't know much at all
I don't know wrong from right
All I know is that I love you tonight
Tonight

=)

beijinho

(Un)Hapiness disse...

o que menos quero é não sentir.
o que mais quero é sentir-me feliz.
mas, o que tenho são simplesmente sensações, nem sempre boas, no entanto permitem-me Ser, na esperança de...
Parabéns por cada palavra que escreves...

Ana Teixeira disse...

"Beija-me! Arranca - me este frio!
Trás - me acidez aos cortes antigos!"

palavras sentidas

brilhante o que escreves.

beijo

Clara Mafalda disse...

«inexistência que é ser alguém sem o ser verdadeiramente…»
cada vez mais são esses os 'alguem' que se cruzam nos nossos caminhos, os que são sem serem e que existem sem existerem. mas tu, tenho a certeza que, mesmo que os sinos não toquem, que o calor te queime, que o frio te gele, sabes existir!´
beijinho*

telma disse...

outro fantástico poema. e sim, cada vez há mais desses alguem. por vezes tenho medo de me tornar num deles. *

S. disse...

Gostei da autenticidade que arrancas das palavras.

Obrigada pela tua visita. Volta sempre. Eu voltarei.

happiness...moreorless disse...

Adoro a tua poesia. Sabes, sem dúvida ,dominar as palavras...fazes qualquer coisa delas e isso nota-se em casa linha que escreves!
Gostei muito*