sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Dói-me o peito

Esta frio, a noite canta, o vidro aquece,
As mãos sentem, o ar esquece, o ser esmorece.
A razão perde-se por entre o aperto dos corpos que agora são um,
Vive-se a loucura trazida pela luz da lua que arranha a minha pele
E acalma-me o ardor das feridas, morfina de prata.

Maldição! Porque és efémera ó noite?
Drogando-me os olhos, escondendo-lhes as feridas,
Se quando morres o sangue volta a jorrar?
Merda! O sol queima-me a razão,
Dói-me o peito, a ferida que nunca sarou…

2 comentários:

Clara Mafalda disse...

as feridas não saram e fica o vácuo a pesar-nos o peito como o frio de esperanças vazias.
conheço bem a alma esvaiar-se em sangue, os olhos lacrimejarem até ao último segundo de força, mas um dia, tudo faz sempre sentido. mesmo que a alma se torne a esvaziar, o peito a doer, os olhos a sangrarem, um dia, um momento, há sempre um sorriso que te aquece a cara e serás o homem mais feliz do mundo :)
*

telma disse...

" Dói-me o peito, a ferida que nunca sarou… "

também tenho uma bem grande por sarar :x **